Ao terminar de ler a carta, não pode conter a ânsia. Correu o mais rápido até o banheiro, onde se debruçou sobre o vaso sanitário e despejou toda a bile amarga. As contrações abdominais eram violentas e logo o esforço rompeu alguns vasos sanguíneos, que coloriram de vermelho aquela amarelo hepático que desenhava o seu desespero.
A carta não estava sendo esperada e não trazia boas notícias. As más notícias contidas eram alguma espécie de chá pra provocar o vômito.
Arfava golfadas importantes de ar, mas quando voltava à carta, era tomada de soluços desesperadores e sofridos. O som que emitia era semelhante ao de um cachorro atropelado que não teve a sorte de morrer. Sim, a carta fizera isso. Agora ela sabia o que era, era um simples cachorro que, machucado no atropelamento, não morreu. Agora gritava, implorava um golpe na cabeça, um golpe capaz de silenciá-la.
[6+] Christmas Dresses 5t
Há 3 anos
Ui, que dramático! Não queria estar na pele desta pessoa. rs
ResponderExcluirmesmo só algumas palavras nos dilaceram por dentro.
ResponderExcluircomo uma coisa que nos corta.
Que texto intenso. Às cvezes as palavras provocam mesmo efeitos extremos na gente.
ResponderExcluirAproveito para te contar que fiz uma reforma no blog. O 'Não solta a minha mão nuca, tá?!' agora é 'Segredos de Travesseiro'. O conteúdo continua o mesmo, mas agora ele está mais com a minha cara :) Quando puder passa lá para visitar a minha casa nova.
Beijos
Nossa, Vinícius! A descrição dos sentimentos, do sofrimento está perfeita! Parece até que estamos sentindo com o personagem...
ResponderExcluir