sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Exceto no horário de pico

Hoje de manhã uma empresa de ônibus estava em greve. Dá pra imaginar as paradas de ônibus como estavam, não é? Um detalhe que muda tudo. As pessoas xingam, ficam olhando o relógio compulsivamente, fazem amizades e se atrasam, quando não desistem de ir para os seus compromissos.

Hoje, no começo da noite, uma avenida importante da cidade estava parcialmente obstruída. Com isso, mais pessoas nervosas, xingando, olhando o relógio... o filme se repete. O problema é que daquela vez o problema já não era por conta do ônibus. A empresa já havia voltado ao trabalho. Daquela vez o problema era a morte de uma pessoa.
Não sei dizer se foi suicídio mesmo, mas é provável, já que o corpo estava sob as janelas de um dos prédios da tal avenida.


Escutei de alguém:
"O cara provavelmente passou o dia pensando em fazer isso, escolheu bem o horário de pico?!"


Quanta sentimentalidade, não?

Um comentário:

  1. Agora até os mortos precisam se ajustar mais aos horários da cidade.
    É muito egoísmo dele decidir morrer bem numa famosa avenida, num horário agitado. Quem ele era pra parar a cidade ?

    - um cidadão.

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