segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Desconcerto

A cada ônibus, um impulso fantasiado, um retraimento, uma confusão. Doeria? A quem doeria?

De noite, chuva no telhado, canções lentas, insônia e ânsia. Dói. Sim, dói.

Faz-se silêncio em toda parte, todos os outros cômodos da casa, mas o ruído é ensurdecedor e vem de dentro, do meu particular, onde parecia mais seguro, mais controlável. Não era, não era. Agora eu vejo que tudo que vem de dentro é muito mais incontrolável. A própria ânsia, a dor e a insegurança, o arrepio, o ruído... Um desconcerto interno (total).

No fim, é só mais uma daquelas noites que já está por terminar. Bem ou mal, tanto faz. Só tem de terminar. Quando terminar, terminará só, por enquanto. Uma pausa para respirar.

Vou descobrir agora, finalmente, para sempre, se dói.

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